Olá leitor do blog Tolerância Religiosa e Cidadania. Neste ano de 2012 traremos algumas mudanças na configuração do nosso blog, com maior atividade e bons motivos para merecer seu acesso diário. Agora você vai contar com notícias sobre o tema da tolerância religiosa no Brasil e no mundo e as jurisprudências, decisões judiciais interessantes sobre este assunto. Contamos com as suas sugestões, críticas e comentários.



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quinta-feira, 16 de junho de 2011

Tolerância Religiosa - Igreja Católica

Não parecendo ser necessário explicitar o significado de tolerância, façamos aqui nossas considerações a respeito de tal posicionamento no que diz respeito a relações de boa convivência diante de diferentes confissões de fé.
A finalidade da religião, em última instância, é re-ligar o ser humano a Deus. Aqui, cabe uma pergunta pertinente: Que Deus? Nós, cristãos, cremos no Deus revelado por Jesus Cristo. Um Deus compassivo, amoroso, acolhedor e, acima de tudo, tolerante. Um Deus que se revela, em Jesus, como Conselheiro da Paz. “Eu e o Pai somos um”, diz Jesus. Ao dialogar com os estrangeiros, considerando-os como sujeitos, Jesus interpela a própria instituição religiosa de seu tempo, pautada em códigos e ritos, que excluíam muitas categorias de pessoas (mulheres, crianças, enfermos, etc.). As atitudes de Jesus vêm mostrar que acima da Lei está o ser humano e este deve ser respeitado em sua dignidade. Afinal de contas, tolerar – bem entendido como suportar, sustentar, aceitar – é fazer com que seja valorizada a dignidade de cada ser inserido num meio sócio-cultural e, consequentemente, numa religião.
Se, enquanto cristãos, pregamos um Deus tolerante e preocupado com a harmonia que deve haver entre os homens e mulheres da terra, agredir a liberdade de culto do outro fere, de maneira imperdoável, os próprios princípios que insistimos em defender e fazer com que se espalhem em nossas tantas comunidades cristãs.
Acho importante ressaltar, ainda, que a tolerância religiosa não é somente um ato de cordialidade entre vizinhos para que esteja assegurada a tranquilidade. Antes, porém, nossa própria constituição, tendo em vista a garantia de igualdade de todos perante a Lei, vai dizer que é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos, garantindo, ainda, proteção aos locais de culto e às suas liturgias. (Cf. Artigo 5o, Inciso VI da Constituição Brasileira).
Em suma, agir de forma que o cumprimento da lei explicite a dignidade do ser humano é dever das partes envolvidas (as diversas confissões religiosas), bem como de cada indivíduo inserido na sociedade.


Pe. Sílvio Rafael Juliano - Reitor do Seminário Paulo VI, em Nova Iguaçu

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Tolerância Religiosa - Igreja Metodista

"PORQUE A TOLERÂNCIA RELIGIOSA É IMPORTANTE PARA UMA NAÇÃO"

Segundo a Bíblia Sagrada, quando Deus criou o homem e a mulher, deu-lhes a liberdade de conviver com Ele, e o ser humano não necessitava de religiões, pois tinha contato direto com o próprio Criador! Mas também deu-lhes a liberdade de tomar decisões por si só - escolher entre obedecê-Lo e servi-Lo, ou fazer sua própria vontade. Com a decisão de fazer o que lhes fora sugerido pela serpente (personificação do mal para os antigos), eles foram afastados de uma comunhão plena com o Criador, pois já não tinham a mesma pureza de antes de seus atos pecaminosos. Daí advêm as religiões! A partir desse episódio, o contato com Deus já não é mais tão direto quanto era antes. A comunicação do homem com Deus passa então por rituais e sacrifícios religiosos, sendo que pouquíssimos seres humanos ao longo da História tiveram um contato mais próximo e pessoal com o Criador. A religião passa então a ter uma relevância fundamental e às vezes vital nesse relacionamento místico (o natural se relacionando com o espiritual). Aliás, religião significa "prestar culto a uma divindade", ou "ligar novamente", o que confirma o que afirmei acima. Como era de se imaginar, com o contato do homem com o Criador cada vez mais subjetivo e indireto, não demorou muito até que houvesse uma infinidade de variações da religião. Cada indivíduo, povo ou nação prestava cultos da forma que achava ser a mais correta, e atribuídos às mais diversas divindades, na maioria das vezes já não tendo mais nenhuma relação com o Criador, ou na melhor das hipóteses, alguma variação do mesmo. O resultado disso tudo, é que com o passar dos séculos, diversas religiões foram criadas, firmaram-se e se espalharam pelo mundo afora. Além do mais, dentro de cada tronco religioso, verificamos suas diversas ramificações, cada uma buscando o que acredita ser a forma mais correta de se aproximar de Deus ou de seus deuses. Você pode observar que mesmo minha explanação não é nenhum pouco imparcial. Escrevo do ponto de vista cristão de enxergar as coisas, pois sou adepto do cristianismo e creio nos ensinamentos de Jesus Cristo, o Filho do Deus Criador.Discordar ou concordar com minhas afirmações não é o problema. Cada um tem o direito de pensar e crer no que achar melhor para sua própria vida, família, etc. O problema ocorre, quando não se consegue suportar o que pensa diferente de nós. Aí ocorre o que temos registrado na História e o que presenciamos ainda nos dias atuais: pessoas matando e/ou morrendo por causa de suas crenças serem diferentes dados demais. E normalmente, vence a discussão quem tem o maior poder para subjugar o seu oponente! A tolerância religiosa é importante porque ela faz parte do desenvolvimento saudável de uma nação. Porque todos devem ter o seu direito de cultuar preservado. Porque as grandes nações se desenvolveram sob o prisma da liberdade de expressão, inclusive religiosa. Porque nem o Criador interfere na decisão pessoal de quem quer que seja, a ponto de retirar a vida de quem não quer um relacionamento pessoal com Ele. Porque é importante para o desenvolvimento de
cada religião, que ela tenha liberdade de ser expressa através de seus membros e adeptos. Concluindo, a intolerância é a arma dos fracos de espírito, que querem impor suas "verdades" pela força e pela violência. E com certeza, esse jamais foi o propósito do Criador desde o princípio. Haja Vista que Ele mesmo deu ao homem a liberdade de fazer o que achava ser o mais correto. Exigiu obediência, mas sem tolhir o ser humano de seu direito de optar pelo que achava ser o mais correto. Aqueles que querem impor suas crenças através da intolerância, são os que se encontram mais distantes Daquele que nos criou à Sua imagem e semelhança, ou seja, com a capacidade de pensar e decidir o que fazer por conta própria. Uma nação só pode ser bem sucedida, se se pautar nesses princípios de liberdade de expressão e igualdade de direitos para cada um de seus membros. É só observarmos com olhos mais críticos, que comprovaremos essa realidade: nas nações que tentam impor a religião à força, o desenvolvimento social é infinitamente menor que nas demais, pois com a falta de liberdade religiosa, vem também a falta de liberdade de expressão em todos os aspectos. Daí a importância de lutarmos para preservar a liberdade de expressão religiosa em nosso país, pois isso gera a oportunidade para todos expressarem suas crenças, e outros podem aderir  espontaneamente à religião/crença que melhor lhe convier.


Pr. Leandro Vicente do Espírito Santo - Igreja Metodista em Jardim das Américas-Vr

Tolerância Religiosa - Budismo


“O Budismo prega um tipo de prática pessoal, na qual devemos dar menos importância para os nossos desejos e necessidades (ganância, raiva, ignorância, orgulho, etc); mudando a partir de si mesmo, conseguiremos influenciar os próximos, criando bons vínculos e cultivar o bem. O Budismo nos ensina a direcionar para encontrar a liberdade e a paz interior, e a libertar-nos de nossas próprias ilusões ao revelar essas verdades que já existem dentro de nós. Para os budistas, não há uma religião melhor do que a outra. O importante não é a religião em si, mas sim o que ela influencia nas pessoas. Portanto somos ensinados a respeitar qualquer outra religião. Devemos lembrar que qualquer um tem a sua liberdade de escolher um culto.
A tolerância religiosa nasce a partir dos ensinamentos do Buda, acreditamos numa lei de causa e efeito. Um fato a ser ressaltado é que no budismo nem sempre a paciência é sinônimo de tolerância, pois paciência é saber esperar, e a tolerância é saber aceitar e respeitar coisas diferentes das que você acredita e defende.
 Devemos lembrar, portanto que não se exalta uma religião a partir das críticas ou insultos a outras religiões. O que me convence a ser budista é a própria doutrina da religião e não considerar que a minha fé é melhor ou “mais correta” que a de outros.”

Cecilia Huang - Templo Zu Lai – São Paulo

Organização

Tivemos em nosso evento a participação e colaboração dos Alunos da Universidade Federal Fluminense, na comissão organizadora do evento.

 

Mirna Porto Frauches, Bolsista do Projeto "Tolerância Religiosa"

Tivemos uma colaboração muito importante da aluna Bárbara Cunha, Monitora de Direito da Universidade Federal Fluminense.

Público Presente



A palestra realizada no Campus da Universidade Federal Fluminse em Volta Redonda, no Campus Aterrado contou com intensa participação do público. Alunos, membros de grupos religiosos e a população em geral lotaram o auditório. O debate e a reflexão propostos tiveram frande repercussão e possibilitaram um espaço para o debate democrático de idéias.

Membros do Comitê de combate à intolerância religiosa

O interlocutor da CCIR ( Comissão de Combate à Intolerância Religiosa) babalawo Ivanir dos Santos juntamente com sua equipe veio do Rio de Janeiro para colaborar e prestigiar o nosso evento.  Em pronunciamento, convidou os presentes para participarem da  Caminhada no Combate à Intolerância Religiosa que acontecrá em setembro. 

Entrevista para o Canal 36

Banco de Sangue

As colaboradoras do banco de sangue vieram ao evento para convidar os presente para doares sangue, explicando sua importancia para as outras pessoas.

Alex Martins

VICE PRESIDENTE OAB DE VOLTA REDONDA E COORDENADOR DO CURSO DE DIREITO DA UGB,  QUE PRESTIGIOU O EVENTO JUNTAMENTE COM SUAS TURMAS DA UNIVERSIDADE.

Palestrantes

Profª. Drª Ana Paula Poll
Professora Adjunta da Universidade Federal Fluminense
Doutora em Ciências Humanas (Antropologia Cultural) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Esteve comentando sobre o assunto "A religião como parte constitutiva da vida social"


Palestrante: Dr Luciano Arbex Sarkis
Promotor de Justiça junto à 2º Vara de Familia de Volta Redonda/RJ

 O tema  da palestra proferida foi " Estado Laico, liberdade de crença e tolerância religiosa", abordando os aspectos jurídicos  do tema. Para  tanto, o Dr. Luciano baseou-se na interpretação da Constituição Federal, legislação penal, na Lei Caó e na jurisprudência que aborda os temas mais controversos.

Abertura do Evento

O evento começou com a professora Josycler Arana coordenadora do projeto, explicando sobre a palestra e convidando os professores presentes e palestrantes para tomar acento a mesa.
 

Primeira Palestra sobre Tolerancia Religiosa e Cidadania

Palestra: Tolerância e Dignidade da Pessoa Humana

O projeto de extensão sobre "Tolerância Religiosa no Estado Democrático de Direito", coordenado pela professora Josycler Arana, estará promovendo, no dia 5 de Maio de 2011 a partir das 19:00h,o evento "Tolerância e Dignidade da Pessoa Humana" no qual serão apresentadas as seguintes palestras:

19h - A religião como parte constitutiva da vida social
Palestrante: Profª. Drª Ana Paula Poll
Professora Adjunta da Universidade Federal Fluminense
Doutora em Ciências Humanas (Antropologia Cultural) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

20h - Tolerância e legalidade
Palestrante: Dr Luciano Arbex Sarkis
Promotor de Justiça junto à 2º Vara da familia de Volta Redonda/RJ


LOCAL: AUDITÓRIO - 3º ANDAR - PRÉDIO CENTRAL
Universidade Federal Fluminense - Campus Aterrado
Rua Desembargador Ellis Hermydio Figueira, nº 783 - Aterrado - Volta Redonda/RJ
(Próximo ao novo Fórum)
Vagas Limitadas
O discente que participar do evento terá direito ao certificado de participação,
sendo este válido para a carga horária de Atividades Complementares.